O
ex-motorista da empresa de ônibus Cometa, Josias Nunes de Oliveira, foi ouvido
pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG. O idoso, de 70 anos, é acusado de
provocar o acidente que vitimou o ex-presidente da República, Juscelino
Kubitschek. A audiência foi pedida pelo deputado Durval Ângelo (PT), uma vez
que a comissão que ele preside investiga se a batida ocorrida na década de
setenta foi mesmo um acidente. De acordo com o ex-motorista, tanto ele quantos
os 33 passageiros do ônibus que ele guiava no dia 22/8/76, presenciaram o
acidente ocorrido na rodovia Presidente Dutra, no trecho que liga o estado de
São Paulo ao Rio de Janeiro. Na ocasião, o país vivia o período da ditadura
militar (1964-1985), da qual o ex-presidente era opositor. Por isso, amigos de
JK sempre levantaram a suspeita de que Geraldo
Ribeiro, o motorista do ex-presidente, possa ter sido alvejado com um tiro na
cabeça, o que teria acarretado a batida contra o caminhão. Novas
investigações estão sendo feitas sobre o caso. Durante depoimento, o idoso
explicou que, ao ver a cena, parou na tentativa de prestar socorro, mas, ao
verificar que havia outras pessoas no local e que os passageiros do veículo acidentado tinham morrido, seguiu viagem.
No entanto, ele afirmou ainda que, no
dia seguinte, chegou a ser chamado pelo “setor jurídico” da Viação Cometa e
procurado por “dois homens, que o ofereceram uma mala de dinheiro para assumir
a culpa”.
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