Casos de
desistência frustraram parte dos municípios que deveriam receber 1.096 médicos
brasileiros da primeira etapa do programa (os estrangeiros só vão começar
depois). São vários exemplos espalhados pelo país, com justificativas variadas
alegadas pelos profissionais, incluindo falta de infra-estrutura, planos
profissionais e pessoais e desconhecimento de algumas condições. Na prática, as desistências de brasileiros
devem reforçar a dependência do programa por profissionais estrangeiros. Um
balanço da segunda rodada do programa Mais Médicos mostra baixa adesão de novos
interessados na bolsa de R$ 10 mil por mês. Houve só 3.016 inscrições mais de
metade de formados no exterior. Enquanto isso, a demanda por médicos
ultrapassou 16 mil, menos de 10% foi suprida na primeira etapa. O ministro
Alexandre Padilha (Saúde) disse que, após a nova fase, deve pensar "outras
estratégias" para atrair mais médicos. Ele comparou as baixas às
dificuldades cotidianas de contratação. Ele disse que, se houve boicote de
médicos contrários ao programa, "é de uma perversidade quase inimaginável".
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